“... a análise forneceu o vaso no qual o patologizar inconsciente pode derramar-se e ser cozido o tempo necessário para que seu significado emergisse, para que se fizesse alma”
James Hillman
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O termo psicopatologia é comumente utilizado para falar sobre os estudos das doenças mentais, incluindo uma perspectiva descritiva, sintomática, originária e funcional. A etimologia da Psicopatologia é composta de três palavras gregas: psychê, pathos, e logos. Sendo assim, etimologicamente, psicopatologia significa o conhecimento (logos) das paixões (pathos) da mente/alma (psychê).
Para Jung “um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal consegue afetar a alma, pois alma e corpo não são separados, mas animados por uma mesma vida. Assim sendo, é rara a doença do corpo, ainda que não seja de origem psíquica, que não tenha implicações na alma”( Jung, 2011b, p. 127, § 194).
Os experimentos de Jung com os processos psicofisiológicos ofereceram uma compreensão sobre a relação psique e corpo, onde a dimensão simbólica do adoecer anda em paralelo com os processos orgânicos. O adoecimento físico com denominação diagnóstico-clínica está intimamente relacionada sobre a condição de bem-estar emocional, psicológico, social e espiritual, e com o conceito subjetivo e social da ideia de saúde e doença. Dessa maneira, os embates subjetivos podem encontrar e falar nas manifestações orgânicas, mas, afinal, do quê eu sofro? quem em mim sofre?
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