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O livro, “o sonho e o mundo das trevas”, de James Hillman, apresenta uma profunda revisão dos sonhos dentro de uma perspectiva arquetípica, oferecendo-nos e nos transportando para uma ponte que convoca:
- O desnudar do nosso eu do mundo diurno para adentrar ao eu onírico;
- As figuras psíquicas;
- As linguagens que os sonhos usam para contar de si mesmo.
Isso significa, “ fazer um trabalho de sonho no ego”, e engendrar nele uma substância metafórica que o ensina a como sonhar o sonho. Não é a natureza que precisa se traduzir a minha linguagem, sou eu que preciso me sucumbir a ela.
Caminhando e tecendo para baixo, para o mundo das trevas, espaço onde os sonhos estão localizados, Hillman, aborda a importância de ruminar as realidades literais do mundo diurno e transformá-las em realidades metafóricas.
Para ele, esse trabalho com os sonhos nos ajuda no processo de transferência ou de morte, e gradualmente os sonhos se encarregam de transformar “pessoas reais em pessoas internas, ancestrais vivos ou sombras”.
Pensando nesse processo de ruminação e repetição tão presente no sonhar, podemos pensar que “ talvez haja um trabalho acontecendo nos sonhos, um prolongado cozinhar de resíduos obstinados, que dissolve a carne toda dura de pessoas lembradas em sua simulacra, sombras de si mesmas, de forma que podem partir, livres de nossas ligações, e nós podemos viver em sua presença sem sermos oprimidos por sua vida”.
Referência: Hillman, James. O sonho e o mundo das trevas/ James Hillman; tradução de Gustavo Barcellos - Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. - (Coleção reflexões Junguianas)
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